A agricultura orgânica tem uma história controversa, sendo considerada por algumas pessoas como uma abordagem ineficiente para a produção de alimentos no mundo. No entanto, alimentos e bebidas orgânicas são um segmento de mercado em rápido crescimento na indústria global de alimentos.
Podemos examinar o desempenho da agricultura orgânica sob a luz de quatro principais medidas de sustentabilidade: produtividade, impacto ambiental, viabilidade econômica e bem-estar social.
Os sistemas de agricultura biológica produzem quantidades mais baixas em comparação com a agricultura convencional. No entanto, eles são mais lucrativos e ecologicamente corretos, e fornecem alimentos mais nutritivos, e que contêm menos (ou nenhum) resíduos de pesticidas, em comparação com a agricultura convencional.
Além disso, evidências iniciais indicam que os sistemas agrícolas orgânicos proporcionam maiores serviços ecossistêmicos e benefícios sociais.
Embora a agricultura orgânica tenha um papel inexplorado a desempenhar, quando se trata do estabelecimento de sistemas agrícolas sustentáveis, nenhuma abordagem única alimentará o planeta com segurança. Pelo contrário, é necessária uma mistura de sistemas orgânicos e outros sistemas agrícolas inovadores.
No entanto, infelizmente existem interesses econômicos e barreiras significativas contrárias à adoção desses sistemas agrícolas, e uma diversidade de instrumentos de políticas será necessária para facilitar o seu desenvolvimento e implementação no mundo. Mesmo assim, alguns países do mundo, como o Butão e a Dinamarca, já dedicaram todo o seu território, por lei aprovada, para a produção de alimentos orgânicos! Enquanto isso, alguns outros países do mundo, já tem mais da metade das suas terras férteis dedicadas à produção de alimentos orgânicos, como é o caso da Austrália, da Alemanha e da Argentina.